Você mal tinha deixado as chaves sobre a mesa e eu já fazendo planos pra nós dois.
Que posso fazer se ao te olhar já imaginei a gente junto até o fim das nossas vidas?
Se quando te beijei pela primeira vez já imaginei a gente comprando aquela cama Box em 36 vezes sem juros e sem volta.
A gente é tão igual e ao mesmo tempo tão diferente. Acho lindo quando você implica que eu to bebendo demais, quando uso vestido curto, que deixa a mostra as pernas que só você contorna tão bem nos momentos que sou sua fome. Lindo quando você me diz: ‘Vem cá amor, deita comigo’, ou quando depois de uma briga [tão rotina entre nós] você me olha com aquela cara de menino e diz: ‘Vem cá amor, poxa :S eu odeio brigar com você, mas você ás vezes me tira do sério.’
E quando estou nos teus braços eu pareço feita de alguma matéria que não enfraquece. Pareço ser feita de nuvem porque em alguns momentos acho que consigo voar.
Mas só pareço.
Porque em grande parte dos nossos dias eu não sou leve como uma nuvem. É amor demais dentro de um peito que não aprendeu dividir. Quando se trata de amor sou uma chata exclusivista. Defeito? Talvez sim. Mas o que fazer se tenho um peito feito de excessos? Excessos estes muitas vezes ocasionado pelas faltas.
Sua voz me acalma, sua beleza me seduz, mas teu jeito me atormenta. O que não significa que seja um jeito ruim, apenas um jeito com o qual eu não sei lidar.
E nestes momentos em que tudo fica cinza, sem a cor do seu sorriso, eu choro na mesma cama que divido com você, nos momentos que contrariamos a ciência e fazemos com que nossos corpos ocupem o mesmo espaço. Choro porque tenho amor demais e paciência de menos. Choro porque você simplesmente não me entende. Choro porque eu queria sim, você só pra mim... queria a gente em uma cabana no meio do nada, sem orkut, sem MSN, sem celular, tendo como única conexão nossas bocas e nossos desejos tomando forma em nossos corpos.
Mas um dia alguém teve [infelizmente] a idéia de dizer que nem tudo é como a gente quer, e nem tudo é como parece. É a difícil arte de olhar pra pedra e ver flor. Só que em momentos que não me sinto necessária na tua vida, eu olho pedra e vejo pedra.
Não tenho poderes, nem sei fazer poções mágicas e nem executo com crueldade a arte de brigar com você... eu talvez não seja a mulher ideal, equilibrada, segura que um dia você sonhou em ter. Mas talvez essa mulher ame pela metade, coisa que eu não faço. Amo você como toda a força do meu um metro e sessenta e quatro, você ocupa todos os meus espaços e por isso, te sufoco.
Mas eu não consigo não te trazer pra minha cama, não consigo não imaginar suas mãos fazendo a vez da esponja no meu banho... Eu não consigo te transformar em ontem.
Então por favor, se nosso amor maluco tá virando doença, arrume minhas malas com todos meus cacarecos, minhas mágoas, meus beijos molhados, meus "Eu te amo", meus abraços, minha chapinha e me mande embora. Me olha nos olhos e diz: Vai embora. Porque talvez eu ainda tenha um cadinho de amor próprio aqui neste peito e consiga partir.
Mas ao me mandar embora, saiba de duas coisas... Eu não volto e tô deixando aqui meu coração, no caso de alguma vez você não se sentir querido. E não, não precisa me devolver, não preciso mais dele, não quero amar de novo.
Coração ai com você, tá melhor do que comigo. Coloque ele no teu travesseiro, que ele se sente em casa. E pulsa.
Então por favor, se nosso amor maluco tá virando doença, arrume minhas malas com todos meus cacarecos, minhas mágoas, meus beijos molhados, meus "Eu te amo", meus abraços, minha chapinha e me mande embora. Me olha nos olhos e diz: Vai embora. Porque talvez eu ainda tenha um cadinho de amor próprio aqui neste peito e consiga partir.
Mas ao me mandar embora, saiba de duas coisas... Eu não volto e tô deixando aqui meu coração, no caso de alguma vez você não se sentir querido. E não, não precisa me devolver, não preciso mais dele, não quero amar de novo.
Coração ai com você, tá melhor do que comigo. Coloque ele no teu travesseiro, que ele se sente em casa. E pulsa.
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